As malas da missionária Maria Cristina Rogério, 31, já estão prontas para a viagem ao Continente Africano. A missionária ficará por dois anos em Gabú, uma região de Guiné-Bissau, onde pretende desenvolver o projeto “Restauração”. O objetivo do projeto é de principalmente alcançar os adolescentes com restauração espiritual.
“Eles são sofridos, vítimas de conflitos e de doenças como a malária e a aids”, diz Cristina. A missionária revela que é a primeira vez que fala sobre o projeto e dá alguns detalhes. “Será como uma casa, um lugar de refúgio espiritual”.
De família humilde, Cristina Rogério e mais sete irmãos foram criados pela mãe. Com uma infância e adolescência problemática sempre teve uma relação hostil com a mãe. Cristina lembra que foi muito traquina, e esse foi um dos motivos que levou a jovem a receber freqüentes surras da mãe. “Eu gostava de sair para brincar, jogar bola, fazia muita arte”, lembra.
Em 2000, Cristina aceita a Jesus como seu salvador através da irmã Elizângela Aleluia, uma ajudadora em oração. A jovem Elizângela levava Cristina à igreja. “Eu chegava das festas às 4 da manhã e às 7 ela (Elizângela) já estava na minha porta batendo para me levar a Escola Dominical, e eu tinha que ir”. Cristina não gostava de Elizângela e nem de ir à igreja, mas aceitava aos convites só para não perder a única companhia que tinha. A genitora de Cristina, que não é cristã, até hoje é contra sua decisão à Cristo.
Com dois anos no discipulado e seis de ministério, a missionária percebe o crescimento da obra missionária pela igreja de Icoaraci. “A igreja está totalmente avivada em comparação há uns cinco anos atrás. Agora a igreja faz missões. Eu louvo a Deus por Icoaraci hoje”.
A jovem ainda aponta o que falta. “Faltam
missionários, e os que têm precisam ser preparados com treinamentos e depois enviados. Precisamos de líderes com o coração missionário”. Para os jovens que estão em dúvida em relação à chamada missionária Cristina aconselha. “Ore, jejue e converse com seu líder, compartilhe com ele sua dúvida”.
Missão no Peru.
Cristina é a primeira missionária enviada para fora do Brasil pela igreja Assembléia de Deus de Icoaraci. Quatro anos e seis meses, foi o tempo da estada da missionária em Lima, capital do Peru. Nos dois primeiros anos a jovem trabalhou com evangelização e discipulado nas favelas de Mariateng, no distrito San Juan de Lurigancho e o restante da viagem no distrito de Villa El Salvador onde abriu três pontos de pregação.
A comida e o dialeto foram suas maiores dificuldades. No Peru, o idioma oficial é o espanhol, mas um número significativo da população peruana fala aimará e o quíchua, o país ainda conta com outras línguas nativas. Com aproximadamente 26 milhões de habitantes, o Peru é um país católico, mas que vive a ascensão das igrejas evangélicas. A missionária ficou impressionada com o amor que o povo peruano tem pelos visitantes Uma das experiências vividas pela missionária Cristina no Peru, foi a conversão de Cléber, um jovem homossexual e drogado, que vivia nas ruas longe da família. Depois de um culto de jovens, Cristina teve a oportunidade de aconselhar e evangelizar o jovem.
Dois anos depois, a missionária reencontra Cléber. O jovem revela para a missionária que naquela noite em que conversaram, ele estava decidido a cometer suicídio, mas logo que foi evangelizado por Cristina, Cléber teve sua vida transformada pelo Senhor Jesus. Liberto das drogas e do homossexualismo, morando com a família, Cléber diz a Cristina que agora não pensa mais em morrer, só em viver, e levar a vida eterna a outros jovens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário